sexta-feira, 20 de julho de 2018

Tudo sobre o dia D


No dia 4 de julho, acordei cedo e muito tranquila. Seria o último dia que iria sentir a Maria Carolina dentro da barriga e que a ia ter só para mim. 

Tomei um pequeno-almoço muito leve, porque teria que estar em jejum durante seis horas. 
Tomei banho, arranjei o cabelo, maquilhei-me e vesti-me, sempre muito calma e serena. 

Estávamos prontos para sair de casa ainda antes da hora marcada e assim o fizemos para irmos com calma. 

Tínhamos combinado com a enfermeira parteira estar na Casa de Saúde da Boavista às 11:30h mas chegamos antes das 11horas.

Fizemos a entrada e eu fui encaminhada para
 o nosso quarto e o M. para a secretaria para tratar da papelada. 

Todo um quarto cor-de-rosa preparado para receber a Maria Carolina. 

Deram-me uma bata branca e rosa para vestir e disseram para aguardar a chegada da enfermeira parteira. 

A enfermeira chegou antes do M. e disse que me iria colocar o catéter, aí posso dizer que entrei em pânico, detesto agulhas e o M. não estava lá para me dar a mão. Mas respirei fundo e ela colocou, doeu mas não me queixei, afinal ia ser mãe e aquilo era só um catéter na mão. Pensei para mim se este doeu imagina a epidural. 

Fiquei no quarto sozinha à espera da chegada do M. mas não havia maneira de ele aparecer, mas sentia-me estranhamente calma para a pessoa stressada que sou. 

Quando apareceu o anestesista, um médico tão simpático. Disse que ia colocar o catéter da epidural. Pensei novamente, onde está o M. para me dar a mão? Continuava sem aparecer... Então pensei para mim, vais respirar fundo e fazer tudo o que te dizem. 

Então segui todas as recomendações do anestesista e ao contrário do que eu pensava não me doeu nada. Confesso que era o que tinha mais medo, a epidural. 

O M. chegou já no final e estava em pânico quando soube que eu estava a colocar a epidural e ele não estava lá. Quando ele viu que eu estava calma ficou mais tranquilo. 

Deitei-me na cama e ficamos ali a conversar. 
O parto estava marcado para as 14:30h mas ainda faltava algum tempo e eu continuava tranquila. 

Quando passava pouco das 13:30h a enfermeira parteira veio buscar-nos e a minha reação foi: "já??", mas pensei para mim: " Joana, vais manter-te como estiveste até agora, calma e serena. 

Assim foi, fui encaminhada para a sala de partos e o M. para vestir a bata. 

Já no bloco foi-me administrada a epidural e aí comecei a deixar de sentir as pernas e a barriga. Entretanto chegou o M. e o meu obstetra é estava tudo preparado para começar a cesariana. 

Foi cesariana porque a Maria Carolina estava sentada. 

A partir daí, parece que passaram segundos, comecei a ouvir: "umas perninhas, um rabinho, um ombrinho, a cabecinha" baixa a cortina, ouvimos o choro da princesa, eles levantam-na para a vermos e levaram-na para lavar e vestir. 

É uma emoção tão grande, ver o fruto do nosso amor, ali diante de nós e sentir um amor inexplicável só naqueles primeiros segundos. 
A Maria Carolina tinha um choro muito forte e que acalmou quando ouviu a voz do pai. 

Estava eu no bloco a terminar a cirurgia, quando o M. chegou com ela nos braços. 
Aí as lágrimas caíram-me pela cara abaixo e só conseguia dizer que ela era linda e sorrir ao mesmo tempo para o M. 

Depois fui encaminhada para o quarto e o M. e a Maria Carolina foram sempre comigo. 

Nunca mais nos largamos os três. 

É sem dúvida um amor para a vida toda. 

É um momento incrível que não tem explicação. 

Estamos completamente apaixonados pela nossa princesa.


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